Como a terapia ocupacional atua na recuperação?

5/9/2024

A terapia ocupacional é uma área do saber que trabalha com a promoção da saúde e bem-estar por meio da ocupação humana. O terapeuta ocupacional ajuda pessoas de todas as idades a participar das atividades diárias que são importantes para elas, promovendo assim a independência, a funcionalidade e a qualidade de vida. Sendo assim, no hospital de transição, o profissional de T.O é o responsável por auxiliar os pacientes na reabilitação para exercer as atividades da vida diária de forma autônoma, com segurança e de forma progressiva através do acompanhamento realizado.

Qual é o papel do Terapeuta Ocupacional no Hospital de Transição?

Esse profissional é responsável por planejar diferentes atividades e montar um plano de reabilitação focado em retomar a autonomia, e a independência, dos pacientes que estão neste processo, sendo que algumas das principais ações envolvem:

Reabilitação Física e Funcional

Fortalecimento e Mobilidade: Um dos trabalhos realizados é garantir que o paciente ou recupere, ou melhore a sua força física e funcional, o equilíbrio e a sua coordenação. Esses exercícios focam na autonomia para que o paciente consiga se vestir sozinho, levantar-se e sentar-se sem auxílio de outras pessoas, além de cuidar da própria higiene pessoal, como pentear o próprio cabelo, entre outras ações que garantem a sua autonomia.

Treinamento em Atividades da Vida Diária (AVDs): O tratamento é focado em readaptar o paciente a exercer algumas ações do cotidiano, como tomar banho, preparar o seu próprio alimento, levantar-se e se deitar na cama, a fim de que ele precise do mínimo de ajuda possível, e de preferência, que possa realizar essas ações de forma independente.

Uso de órtese e prótese: auxilia o paciente na adaptação do uso adequado dos equipamentos, a postura ideal que deve ser usada para fazer uso destes equipamentos de forma eficaz.

Planejamento de ambientes: o profissional também é capaz de avaliar se existe a necessidade de alguma adaptação do ambiente domiciliar, a fim de oferecer maior conforto e segurança para o paciente desenvolver a sua autonomia, como ferramentas de apoio, por exemplo, além de ajuste da altura dos móveis, se necessário.

Estimulação cognitiva: um fator importante para recuperar a independência se faz muito pelo aspecto da possibilidade do paciente tomar decisões, ter atenção e raciocínio para compreender como desenvolver as suas atividades diárias e como organizar a sua rotina.

Promoção do bem-estar mental: realizar uma intervenção para minimizar os impactos emocionais da hospitalização e da perda de autonomia, promovendo atividades que proporcionem prazer e satisfação, como as salas de reabilitação para AVD’s, o salão de beleza, o cinema e o jardim sensorial.

Planejamento para o Retorno ao Lar: prepara o paciente e sua família para a transição do ambiente hospitalar para casa, onde é capaz de oferecer todas as orientações para garantir o avanço da autonomia do paciente no ambiente familiar.

No caso dos cuidados de fim de vida, o terapeuta ocupacional é responsável em proporcionar conforto, alívio de sintomas e suporte emocional, ajudando o paciente a manter a dignidade e a qualidade de vida até o final, com atividades de autocuidado para promover a autonomia, além de desenvolver atividades significativas para cada paciente nesta condição.

A integração da terapia ocupacional com a fisioterapia

Como falamos na semana anterior da importância do fisioterapeuta em Hospitais de Transição, a junção dessas duas áreas resulta em um tratamento de reabilitação que se torna ainda mais capacitado, visto que o fisioterapeuta fica responsável pela reabilitação motora do paciente, enquanto o terapeuta ocupacional fica responsável pela reabilitação funcional do paciente.

O objetivo final da fisioterapia em um hospital de transição é restaurar ou maximizar a função física do paciente para que ele possa se mover com segurança e eficiência. Isso inclui melhorar a força, a mobilidade e a resistência para que o paciente possa realizar as atividades diárias com maior independência e segurança. Enquanto o objetivo final da terapia ocupacional é permitir que o paciente realize atividades cotidianas de forma independente e com qualidade de vida. Isso envolve não apenas o aspecto físico, mas também aspectos emocionais, sociais e ambientais, garantindo que o paciente possa viver de forma mais autônoma e engajada.

Atividades realizadas pela Terapia Ocupacional no Revitare

No Revitare as atividades da terapia ocupacional têm espaços próprios para desenvolver algumas das suas atividades: o jardim sensorial para fortalecer o sistema imunológico e promover o contato com a natureza; temos a sala de readequação social que se constitui em três áreas: quarto, banheiro e cozinha, os espaços contam com objetos adaptados e com o acompanhamento dos profissionais para estimular a autonomia dos pacientes.

Além desses espaços, as atividades também são pensadas e planejadas especialmente para os pacientes, onde você poder conferir o vídeo emocionante de uma paciente que teve seu desejo atendido, onde realizou a confecção de um pudim de leite, capaz de oferecer muito mais do que reabilitação, mas oferecer a oportunidade de se sentir mais uma vez autônoma e capaz de ressignificar um momento frágil com muita resiliência.



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